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domingo, 26 de maio de 2013

As Palavras do Capitão

Para encerrar estes 4 anos de treino e de jogos, finalizamos esta equipa de voleibol no escalão de Juvenis  nada melhor do que as palavras escritas pelo capitão  Miguel Malaca que exprime um sentimento sentido por toda a equipa:
"4, 3, 2,1 …, acabou.
Poderia ser um ciclo acabado assim, sem mais nem menos, sem uma história ou montes delas para contar, poderia ser um ponto final sem virgulas, sem exclamações ou interrogações. Podiam ser só mais quatro anos passados a mandar bolas por cima de um bicho papão, chamado rede, que sempre nos incomodou. Podia ser simples…mas não é.
Foram histórias dentro da grande história, foram choros, risos, palhaçadas e ralhetes, foram entradas, saídas, vitórias e derrotas. Foram quatro anos com uma escola no coração e na alma uma vontade enorme de triunfar. Foi tudo, por vezes, mas nunca passou a ser nada. São quatro anos de almoços apressados, são mais de 300 treinos, mais de 30 jogos, mais de 1000 alegrias, mais de 3000 berros… Mas agora, é a satisfação infinita de termos feito parte, de não termos desistido, de remarmos contra marés e ventos para não deixar afundar o barco. 
Depois de tanto remate e manchete, chegou a hora de passar a bola, para que outros aprendam a gostar dela como nós gostamos. Um dia, vamos olhar para eles e ver que já estivemos naquele lugar, que o voleibol que nos conquistou conquista outros.
Chegou a altura do balanço final e há que dizer que, para além de já sabermos que o deslocamento é o gesto técnico mais importante , sabemos também que melhor que ser um bom passador ou rematador é ser humildemente humano. Mais importante que um passe é o respeito que se tem pela equipa adversária, mais importante que ganhar um ponto é não desmotivar quando se perde outro. Não discutir com o árbitro ou criticar o nosso irmão em campo. Ter brio, querer sempre melhor, levantar a cabeça ao mundo e dizer, eu sou alguém porque respeito e por isso sou respeitado… Tantas mensagens que podiam ter entrado a 100 e saído a 800 mas, em vez disso, entraram a 100 com as luzes ligadas para iluminar o caminho e ficaram a meio dele (talvez por falta de bateria), na memória para que nunca fossem esquecidas.
E agora posso dizer:
4,3,2,1,…nunca acabará. Só acabam os treinos e os jogos, porque os ensinamentos, as lições, os momentos, as memórias e os sentimentos nunca nos vão abandonar. Por isso, eu afirmo com toda a força que tenho, que o Voleibol não vai acabar em nós. NÃO SE LIMITA A QUATRO ANOS, ESTENDE-SE EM CADA UMA DAS NOSSAS VIDAS.
Há algum tempo escolheram-me como capitão. Aceitei o desafio mas, confesso, pensei que fosse mais fácil. Mesmo assim, posso dizer que na minha curta vida, uma das melhores sensações que tive foi a de ser capitão desta equipa. Obrigado a todos os que me ajudaram, a mim e à equipa, juntos fomos o grande capitão, eu usei a braçadeira, todos juntos levantámos a ancora e pusemos o barco a andar. Obrigado a todos por tudo durante todo este tempo.
E agora, e porque não podia deixar de ser, à voz, ao senhor do banco e dos time-outs, ao senhor que motiva até com smiles nas bolas. Ao Professor Miguel  Sentieiro, “mister” da equipa, um enorme agradecimento. Não só por ter aturado tudo o que aturou em 4 anos, mas também por mesmo quando a tempestade estava no auge da violência não ter abandonado o barco. Obrigado por nunca ter desistido de nós.
(Fiquem descansadas meninas, também aprendemos que não devemos mandar piropos de dentro da carrinha)

“Não se limita a 4 anos, estende-se em cada uma das nossas vidas”

Obrigado a todos, juntos no meio, EEEEESSSSAAAAAA! "


O capitão,
Miguel Malaca

Mergulho Final em Oeiras

Fomos a Oeiras encerrar a época com a trilogia mágica: Encher o bandulho de Macburguers, encher a peitaça para enfrentar os titãs do Voleibol federado e encher os calções de banho com a água quentinha da praia de Stº Amaro. As imagens antes e os comentários depois... (o ângulo de recolha das imagens de video inviabilizou uma montagem condigna do jogo).


Descubra as diferenças...em cm


ESA versão Passerelle

ESA Versão Schwarzenegger
 Os 4 Resistentes

 Versão Schwarzenegger esquimó
 Dupla Blue Eye ...na promiscuidade

O jogo na Escola Secundária Sebastião e Silva em Oeiras serviu mais uma vez para encerrar a época em beleza.  O desfecho foi o esperado: uma evidente derrota contra uma equipa constituída por alguns dos melhores jogadores portugueses no nosso escalão (componentes da equipa do CVO, já vencedora do campeonato nacional federado em iniciados e 4º classificada no presente ano). Não seria tanto o resultado do jogo que interessava, mas sobretudo uma forma condigna e com cheiro a sal de comemorar o final deste ciclo de 4 anos de voleibol. Um agradecimento à malta de Oeiras e à prof Rita por nos terem concedido este presente.
Cabe-me fazer um curto balanço deste caminho que percorremos enquanto equipa de voleibol. Resumir 4 anos da construção de uma equipa que começa com uns miúdos que tratam mal a bola e termina com jovens a ... bater mal da bola, é difícil.  Um percurso sinuoso, com algumas contrariedades, mas cheio de GOZO.  O gozo de ver crescer uma Equipa. E uma Equipa não é só..uma equipa (?); uma Equipa é muito mais do que um conjunto de jogadores que disputam e ganham jogos. Uma Equipa foi isto que construímos juntos.
Um grupo unido de malta que se entende e respeita; um grupo de jogadores que entende que o esforço e o suor conduzem à superação; um grupo de amigos que se preocupam com o companheiro que está ao seu lado prestes a levar com um serviço ou remate a cem à hora. Esta foi a equipa com mais treinos, mais jogos e um maior nível técnico que tive no desporto escolar. Um agradecimento a todos os jogadores que passaram por esta equipa, uns de forma mais breve do que outros: Luis, Alexandre, Xavi,  Filipe, Ivan, Júlio, Patrão,  Rodrigo, Ricardo Pedro, Pedro  Reis, Rafael, André, Sheldon, Zé, Fernando, Raúl , F Massa, João Dinis, Ruben, e Ricardo Campos (este último também fiel à equipa durante 3 longos anos e com poucos treinos falhados).
Uma palavra especial para os 4 jogadores que fizeram comigo todo este percurso de 4 anos, do início ao fim: Sérgio, Miguel monteiro, Diogo e Miguel Malaca Obrigado por entenderem a alma da equipa e não terem desistido do desafio.  São a imagem fiel da persistência, abnegação e humildade.
Miguel , o grande Capitão,  foi ele o centro energético da equipa dentro do campo, que a puxou pelos cabelos quando se preparava para naufragar, que a enalteceu quando evidenciava brilho, que a motivou quando precisava dele. Percebeu o jogo como ninguém e percebeu o significado "Equipa" como poucos.
Foi um GOZO partilhar este caminho com todos; um gozo preparar e orientar os treinos, um gozo pensar nos jogos, um gozo perder horas a montar vídeos para se verem neles, um gozo ouvir o grito ESA (que começou por um virulento Atchim), um gozo ouvir as bolas bater no chão, um gozo sentir o respeito do adversário, um gozo sentir o respeito pelo adversário, um gozo ver-vos crescer, um gozo ver-me crescer com vocês...
Um Até já do Profe!!!