Viagem de Páscoa das equipas da ESA (iniciadas e Juvenis) até à Lousã, para jogamos com as equipas do clube local de Voleibol. Terra com tradição na modalidade, que realiza todos os anos um dos campos de férias de voleibol mais conhecidos do país e que recebe muitas equipas nacionais e estrangeiras dos escalões de formação. Esta viagem tinha como dois grandes objectivos, o convívio entre jogadores da ESA dos diferentes escalões e géneros e , no caso da nossa equipa de iniciados, servir como mais um treino para implementação do nosso sistema de jogo que se encontra ainda numa fase de experimentação à procura das melhores soluções. Depois de alguns treinos específicos nas férias, iríamos, pela primeira vez, colocar as combinações de jogo abordadas em situação de jogo real. Fizemos dois encontros. O primeiro contra a equipa iniciada masculina da Lousã. Perdemos o primeiro set, ganhámos os dois seguintes. Primeiro jogo de apalpadela nas novas movimentações, com algumas "baralhações" à mistura, mas com bons momentos de voleibol. Os jogadores que não falharam os treinos destas férias, claramente mais elucidados das suas posições (salvo raras excepções), os outros foram sendo levados pelos mais conhecedores, algumas vezes aos empurrões.
Segundo jogo, contra a equipa de cadetes femininos da Lousã (juvenil de primeiro ano), composta jogadoras federadas, com competição semanal, visível no seu nível de jogo. Foi um óptimo teste para a nossa equipa, nesta fase embrionária do nosso jogo de 6. Ganhámos o primeiro set e perdemos os dois seguintes, mas ficou no campo a imagem de uma equipa de voleibol , que fez suar as suas federadas e mais experientes opositoras. Foi pena este jogo ter sido realizado um pouco a correra (com sets de 15 pontos), uma vez que já tínhamos ultrapassado o tempo para o regresso a casa. Com mais tempo para podermos pedir paragens do jogo, teríamos usufruído deste encontro de outra maneira.
Análise por jogador:
Bruno, o jogador mais esclarecido em termos de percepção das dinâmicas de jogo; liderou dentro do campo aqueles que tinham mais dúvidas; bem no serviço e ataque(precisa de muito trabalho de chamada) criou dificuldades com o seu batimento às equipas adversárias; saíram alguns blocos, apesar de não termos insistido muito em treino nessa técnica; Incidência do trabalho técnico no passe e manchete;
Rodrigo, muito bem no serviço por cima, dificuldades em regular a força no remate, que muitas vezes aparece com batimento atrás da cabeça(passagem debaixo da bola); foi o jogador que mais verbalizou; teve algumas "brancas" durante as saídas da rede, logo percebidas e rectificadas; incidência do trabalho no remate e situações tácticas;
César - vinha de um jogo anterior muito bom, onde denotou grande evolução em termos de deslocamento, passe e batimento. Nestes dois jogos, apesar da sua acção ser importante, falhou muitos passes sobretudo por falta de deslocamento e dificuldade em reorientar o passe vindo da recepção/defesa; acusa por vezes a ansiedade da competição, facto perceptível nesta fase. O seu crescimento é dos mais notórios dentro do grupo; incidência do trabalho no passe de ataque e remate.
Vedor- jogador que tem o melhor gesto de remate da equipa(boa chamada (embora por vezes fora de tempo), boa abertura, batimento bem alto), tem a regularidade de um interruptor, alternando momentos muito bons (saíram bons tiros do seu batimento) com momentos de completa "loucura" e adormecimento dos neuróneos; está no entanto muito melhor e termos de focalização; incidência do trabalho no passe(muito a fazer), manchete, combinações tácticas.
Alexis - foi quem mais desapontou;entrou na equipa inicial e logo se percebeu que...não percebeu nada.. do que ali estava a fazer; uma total confusão na hora de entender onde deveria estar. Reflectiu aquilo que temos dito em treino: ouve muito pouco do que se diz e nesta fase a audição é fundamental (não basta ir a todos os treinos é preciso estar de facto lá!) ; é um jogador com excelente técnica de passe(colocação debaixo da bola), boa técnica de chamada/batimento, mas que tem ainda muita falta de força, condicionando muitas das acções exigidas; incidência do trabalho: força, técnica de passe e manchete, combinações tácticas;
Miguel Arsénio - O namoro não lhe fez mal; foi o jogador mais consistente a passar, bons deslocamentos e até fez o gosto a um remate cheio de estrondo. Tal como o César, um dos jogadores que mais cresceu dentro do grupo. Incidência do treino no passe, manchete e batimento.
João - Jogador de enorme potencial, com óptimos deslocamentos e atitude competitiva. Apesar de ser ainda infantil, apresenta-se como um verdadeiro reforço na equipa. Neste jogo, teve algumas dúvidas nas movimentações do sistema utilizado (uma vez que não usufruiu de 2 treinos de férias onde insistimos nisso), facto que condicionou a sua acção; incidência do trabalho na técnica e nas combinações de jogo;
Ricardo - Feliz surpresa, apesar do pouco treino que tem. Nunca primeira fase alguma confusão, rectificada a tempo; momentos de defesa e batimento sem receio de falhar; apresenta carências técnicas evidentes que se resolverão facilmente com treino; incidência do trabalho na técnica;
Edgar - com muito poucos treinos não entrou muito no jogo (jogou pouco nos dois jogos); apesar de recente aquisição no grupo e de estar no seu 2º ano no escalão será bem vindo, uma vez que tem demonstrado enorme vontade de aprender.
Tomás - virtudes semelhantes às do João, tem como principal arma a atitude de prontidão e o deslocamento.
Foi uma óptima jornada de voleibol. Venham mais treinos assim!!!
